Máscara em ouro maciço do faraó Tutankhamon
Introdução
As artes no Egipto Antigo estavam muito relacionadas com a vida religiosa. A maioria das estátuas, pinturas, monumentos e obras arquitectónicas estavam ligados, directa ou indirectamente, aos temas religiosos.
Pinturas Egípcia: Grandes partes das pinturas eram feitas nas paredes das pirâmides. Estas obras retratavam a vida dos faraós, as acções dos deuses, a vida após a morte entre outros temas da vida religiosa. Estes desenhos eram feitos de maneira que as figuras eram mostradas de perfil. Os egípcios não trabalhavam com a técnica da perspectiva (imagens tridimensionais). Os desenhos eram acompanhados de textos, feitos em escrita hieroglífica (as palavras e expressões eram representadas por desenhos). As tintas eram obtidas na natureza (pó de minérios, substâncias orgânicas, etc.).
Esculturas Egípcia: Nas tumbas de diversos faraós foram encontradas diversas esculturas do ouro. Os artistas egípcios conheciam muito bem as técnicas de trabalho artístico em ouro. Faziam estatuetas representando deuses e deusas da religião politeísta egípcia. O ouro também era utilizado para fazer máscaras mortuárias que serviam de protecção para o rosto da múmia.
Arquitecturas Egípcia: Os egípcios desenvolveram vários conhecimentos matemáticos. Com isso, conseguiram erguer obras que sobrevivem até os dias de hoje. Templos, palácios e pirâmides foram construídos em homenagem aos deuses e aos faraós. Eram grandiosos e imponentes, pois deviam mostrar todo poder do faraó. Eram construídos com blocos de pedra, utilizando-se mão-de-obra escrava para o trabalho pesado.
Anúbis Anúbis, deus dos mortos:
1.Anúbis, deus dos mortos.
2.Anúbis efectuando a mumificação.
No Antigo Egipto, as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estas divindades possuíam algumas características (poderes) acima da capacidade humana. Poderiam, por exemplo, estar presente em vários locais ao mesmo tempo, assumir várias formas (até mesmo de animais) e interferir directamente nos fenómenos da natureza. As cidades do Antigo Egipto possuíam um deus protector, que recebia oferendas e pedidos da população local.
Nome do deus(a)
O que representava
Rá
Sol (principal deus da religião egípcia)
Toth
Sabedoria, conhecimento, representante da Lua
Anúbis
Os mortos e o sub mundo
Bastet
Fertilidade, protectora das mulheres grávidas
Hathor
Amor, alegria, dança, vinho, festas
Hórus
Céu
Khnum
Criatividade, controlador das águas do rio Nilo
Maet
Justiça e equilíbrio
Ptah
Obras feitas em pedra
Seth
Tempestade, mal, desordem e violência
Sobek
Paciência, astúcia
Osíris
Vida após a morte, vegetação
Ísis
Amor, mágica
Tefnut
Nuvens e humidade
Chu
Ar seco, luz do sol
Geb
Terra
Nome do deus(a)
O que representava
Rá
Sol (principal deus da religião egípcia)
Toth
Sabedoria, conhecimento, representante da Lua
Anúbis
Os mortos e o sub mundo
Bastet
Fertilidade, protectora das mulheres grávidas
Hathor
Amor, alegria, dança, vinho, festas
Hórus
Céu
Khnum
Criatividade, controlador das águas do rio Nilo
Maet
Justiça e equilíbrio
Ptah
Obras feitas em pedra
Seth
Tempestade, mal, desordem e violência
Sobek
Paciência, astúcia
Osíris
Vida após a morte, vegetação
Ísis
Amor, mágica
Tefnut
Nuvens e humidade
Chu
Ar seco, luz do sol
Geb
Terra
Faraó
Era o governante do Egipto. Possuía poderes totais sobre a sociedade egípcia, além de ser reconhecido como um deus. O poder do Faraó era transmitido hereditariamente *, portanto não havia nenhum processo de escolha ou votação para colocá-lo no poder. O faraó e sua família eram muito ricos, pois ficavam com boa parte dos impostos recolhidos entre o povo. A família real vivia de forma luxuosa em grandes palácios. Ainda em vida, ordenava a construção da pirâmide que iria abrigar o seu corpo mumificado e os seus tesouros após a morte.
Sacerdotes
Na escala de poder estavam abaixo somente do faraó. Eram responsáveis pelos rituais, festas e actividades religiosas no Antigo Egipto. Conheciam muito bem as características e funções dos deuses egípcios. Comandavam os templos e os rituais após a morte do faraó. Alguns sacerdotes foram mumificados e os seus corpos colocados em pirâmides, após a morte.
Chefes Militares
Os chefes militares eram os responsáveis pela segurança do território egípcio. Em momentos de guerra ganhavam destaque na sociedade. Tinham que preparar e organizar o exército de forma eficiente, pois uma derrota ou fracasso podia lhes custar a própria vida.
Escribas
Eram os responsáveis pela escrita egípcia (hieroglífica e demótica). Registavam os acontecimentos e, principalmente, a vida do faraó. Escreviam no papiro (papel feito de fibras da planta papiro), nas paredes das pirâmides ou em placas de barro ou pedra. Os escribas também controlavam e registavam os impostos cobrados pelo faraó.
Povo Egípcio
Mais da metade da sociedade egípcia era formada por comerciantes, artesãos, lavradores e pastores. Trabalhavam muito para ganhar o suficiente para a manutenção da vida. Podiam ser convocados pelo faraó para trabalharem, sem receber salários, em obras públicas (palácios, templos, etc.).EscravosGeralmente eram os inimigos capturados em guerras de conquista. Trabalhavam muito e não recebiam salário. Ganhavam apenas roupas velhas e alimentos para a sobrevivência. Eram constantemente castigados como forma de punição. Eram desprezados pela.
História dos Hieróglifos Egípcios
Que é um hieróglifo?
Este termo deriva da composição de duas palavras gregas – hiero «sagrado», e glyfus «escrita». Apenas os sacerdotes, membros da realeza, altos cargos, e escribas conheciam a arte de ler e escrever esses sinais "sagrados". A escrita hieroglífica constitui provavelmente o mais antigo sistema organizado de escrita no mundo, e era vocacionada principalmente para inscrições formais nas paredes de templos e túmulos. Com o tempo evoluiu para formas mais simplificadas, como o Hierático, uma variante mais cursiva que se podia pintar em papiros ou placas de barro, e ainda mais tarde, com a influência grega crescente no Próximo Oriente, a escrita evoluiu para o Demótico, fase em que os hieróglifos iniciais ficaram bastante estilizados, havendo mesmo a inclusão de alguns sinais gregos na escrita.
Que é um hieróglifo?
Este termo deriva da composição de duas palavras gregas – hiero «sagrado», e glyfus «escrita». Apenas os sacerdotes, membros da realeza, altos cargos, e escribas conheciam a arte de ler e escrever esses sinais "sagrados". A escrita hieroglífica constitui provavelmente o mais antigo sistema organizado de escrita no mundo, e era vocacionada principalmente para inscrições formais nas paredes de templos e túmulos. Com o tempo evoluiu para formas mais simplificadas, como o Hierático, uma variante mais cursiva que se podia pintar em papiros ou placas de barro, e ainda mais tarde, com a influência grega crescente no Próximo Oriente, a escrita evoluiu para o Demótico, fase em que os hieróglifos iniciais ficaram bastante estilizados, havendo mesmo a inclusão de alguns sinais gregos na escrita.
Embora sejam geralmente conotados com a civilização egípcia, os hieróglifos foram adoptados na escrita de outros povos da antiguidade, tais como os Hititas e os Maias.
Qual foi o seu uso ao longo dos tempos?
Os hieróglifos foram usados durante um período de quatro milénios para escrever a antiga língua do povo egípcio. Existem inscrições fonéticas que datam do período 3300-3100 a.C., e foram usadas ininterruptamente até 24 de Agosto de 394 d.C., data aparente da última inscrição hieroglífica, em um fragmento de uma lápide descoberta na Ilha de Philae.
Os hieróglifos foram usados durante um período de quatro milénios para escrever a antiga língua do povo egípcio. Existem inscrições fonéticas que datam do período 3300-3100 a.C., e foram usadas ininterruptamente até 24 de Agosto de 394 d.C., data aparente da última inscrição hieroglífica, em um fragmento de uma lápide descoberta na Ilha de Philae.
Constituíram uma escrita principalmente monumental e religiosa, pois eram usado na decoração das paredes dos templos, túmulos, edifícios religiosos e outros ligados ao culto da eternidade. Existem evidências de outros usos mais mundanos, mas nessas inscrições eram utilizados principalmente hieróglifos cursivos.
Quantos hieróglifos existiram?
Durante os mais de 3 milénios em que foram usados, os egípcios criaram quase 7000 sinais hieroglíficos. Um texto escrito nas épocas dinásticas não continha mais do que 800 sinais, mas durante o período Greco-Romano desta civilização, eram usados milhares de hieróglifos, possuindo por vezes diferentes valores fonéticos. Esta prática criptográfica era intencional, e foi adoptada por sacerdotes que controlavam a escrita e os templos, mas isto levou que o estudo dos hieróglifos se tornasse cada vez mais complexo. Com o passar do tempo, a prática desta escrita ficou cada vez mais exclusiva de uma elite reduzida; cada vez menos eram aqueles que a podiam ler e entender, e consequentemente o seu uso tornou-se desnecessário. Por volta do século V d.C., já praticamente tinha desaparecido a antiga escrita dos hieróglifos.
Quando e como desapareceram os hieróglifos?
Com a invasão de vários povos estrangeiros ao longo da sua história, a língua e escrita locais foram se alterando, incorporando novos elementos. Factores decisivos foram a introdução das línguas grega e romana, em consequência da forte influência comercial e cultural da Grécia, e depois com a conquista do Egipto pelas legiões do império romano.
Também o cristianismo, ao negar a religião politeísta local, contribuiu bastante para que o conhecimento desta escrita se perdesse, no século V depois de Cristo. Tudo o que estava relacionado com os antigos deuses egípcios era considerado pagão, e portanto, proibido. Imensas inscrições foram destruídas e tornadas ilegíveis, e os templos onde a escrita era ensinada foram fechados e votados ao abandono.
A introdução do islamismo pelos Árabes no século VII d.C. continuou a mesma prática de apagar e esquecer os registos do passado, levando ao desuso generalizado desta escrita. No entanto, sabe-se que sábios muçulmanos medievais retiveram o conhecimento do valor fonético correcto de alguns hieróglifos.
Hieróglifos cursivos no papiro de Anis (livro dos mortos)
Exemplo da evolução de alguns hieróglifos ao longo dos séculos
A Cleópatra, sua história:
Cleópatra exerceu forte influência sobre os destinos de Roma, graças às relações amorosas que manteve com Júlio César e Marco António. Última rainha da Dinastia Lágida, filha de Ptolomeu XII, Cleópatra nasceu em Alexandria no ano 69 a.C. e subiu ao trono do Egipto em 51 a.C. O pai deixara o reino em testamento para o filho Ptolomeu XIII, então com dez anos, e para Cleópatra, prevendo o casamento entre ambos, segundo a tradição. Três anos depois, no entanto, ela entrou em choque com os ministros, deflagrou uma guerra civil contra o irmão e foi reconduzida ao trono por Júlio César, junto ao irmão menor, Ptolomeu XIV. Uniu-se então a César e foi para Roma, onde deu à luz Ptolomeu XV César, conhecido como Cesário. Com o assassinato de César, em 44 a.C., Cleópatra voltou ao Egipto. A presença de Marcus António, que se encontrava na Anatólia como governador da porção oriental do Império Romano, estimulou a ambição da rainha, que o seduziu e casou-se com ele em 37 a.C. O Senado romano declarou-lhes guerra em 31 a.C. Após serem derrotados por Octávio na batalha naval de Actium, ambos se suicidaram. A união de Cleópatra com César, e depois com Marcus António, se vincula estreitamente a fatos políticos referentes a dois grandes impérios da antiguidade. César não foi movido apenas por motivos sentimentais para restabelecer Cleópatra no trono, após derrotar Pompeio. Convinha à política oriental de Roma ter o Egipto como aliado, ao invés de anexá-lo como província, fato que poderia reaglutinar o Oriente contra Roma; convinha também afastar Ptolomeu XIII, e ter Cleópatra sozinha no trono, como aliada. Marcus António uniu-se a Cleópatra para contar com os recursos financeiros e militares do Egipto na disputa com Octávio pela chefia do Império Romano. No início apenas um trunfo, o Egipto acabou sendo para ele sua própria força. As razões pessoais pesaram também em suas decisões: Cleópatra dera-lhe dois filhos, cujo futuro ele deveria assegurar, o que explica o acordo pelo qual Marcus António se comprometeu a desposá-la, a reconhecer César como herdeiro e recuperar o poderio egípcio. A derrota que sofreu contra os partos e a volta a Alexandria, sob protecção da esquadra de Cleópatra, transformou-o num joguete em suas mãos. Daí em diante, só ela teria poder para ajudá-lo a realizar seu sonho: fazer do Oriente um império do Ptolomeu, com capital em Alexandria.Cleópatra deixou-se picar por uma serpente.
Cleópatra exerceu forte influência sobre os destinos de Roma, graças às relações amorosas que manteve com Júlio César e Marco António. Última rainha da Dinastia Lágida, filha de Ptolomeu XII, Cleópatra nasceu em Alexandria no ano 69 a.C. e subiu ao trono do Egipto em 51 a.C. O pai deixara o reino em testamento para o filho Ptolomeu XIII, então com dez anos, e para Cleópatra, prevendo o casamento entre ambos, segundo a tradição. Três anos depois, no entanto, ela entrou em choque com os ministros, deflagrou uma guerra civil contra o irmão e foi reconduzida ao trono por Júlio César, junto ao irmão menor, Ptolomeu XIV. Uniu-se então a César e foi para Roma, onde deu à luz Ptolomeu XV César, conhecido como Cesário. Com o assassinato de César, em 44 a.C., Cleópatra voltou ao Egipto. A presença de Marcus António, que se encontrava na Anatólia como governador da porção oriental do Império Romano, estimulou a ambição da rainha, que o seduziu e casou-se com ele em 37 a.C. O Senado romano declarou-lhes guerra em 31 a.C. Após serem derrotados por Octávio na batalha naval de Actium, ambos se suicidaram. A união de Cleópatra com César, e depois com Marcus António, se vincula estreitamente a fatos políticos referentes a dois grandes impérios da antiguidade. César não foi movido apenas por motivos sentimentais para restabelecer Cleópatra no trono, após derrotar Pompeio. Convinha à política oriental de Roma ter o Egipto como aliado, ao invés de anexá-lo como província, fato que poderia reaglutinar o Oriente contra Roma; convinha também afastar Ptolomeu XIII, e ter Cleópatra sozinha no trono, como aliada. Marcus António uniu-se a Cleópatra para contar com os recursos financeiros e militares do Egipto na disputa com Octávio pela chefia do Império Romano. No início apenas um trunfo, o Egipto acabou sendo para ele sua própria força. As razões pessoais pesaram também em suas decisões: Cleópatra dera-lhe dois filhos, cujo futuro ele deveria assegurar, o que explica o acordo pelo qual Marcus António se comprometeu a desposá-la, a reconhecer César como herdeiro e recuperar o poderio egípcio. A derrota que sofreu contra os partos e a volta a Alexandria, sob protecção da esquadra de Cleópatra, transformou-o num joguete em suas mãos. Daí em diante, só ela teria poder para ajudá-lo a realizar seu sonho: fazer do Oriente um império do Ptolomeu, com capital em Alexandria.Cleópatra deixou-se picar por uma serpente.
Cleópatra no seu trono
Cleópatra
Busto de Júlio Cesar
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